Júlia Albertoni

Ah, a primavera… uma magnífica Imperatriz sai de dentro de seu castelo para reinar permanentemente no seu jardim. Ali, ela observa as plantas que crescem, morrem, transformam-se em adubo, assim como aquelas que desabrocham em lindas flores, perfumes e cores. Ela nota também as ervas daninhas que invadem alguns cantos da sua paisagem, e, ao invés de arrancá-las, compreende que o que é daninho também pode ser equilibrado. Amorosamente, ela cultiva todas as plantas em harmonia, porque o que não serve mais, irá se transformar em adubo.

A Imperatriz aconselha darmos a permissão para que ideias belas sejam gestadas dentro de nós. Essas ideias vão encontrar abundância e fertilidade nos pequenos prazeres que podemos ter com nosso corpo físico. Sim, é possível ver beleza dentro de nós e ao redor de nós, basta entender que as plantas que desabrocham, são como nós. Somos pequenas ou grandes plantinhas em crescimento. Somos como as lavandas que estão dando flores. Como os manjericões que estão emanando aromas. Como as pitangueiras dando frutos. Ao olharmos para nós desse jeito, encontramos uma paz sem fim, porque compreendemos que há momentos que damos frutos, há momentos que não. Há momentos que perdemos as folhas, há momentos que estamos repletos de pequenos ramos. Há momentos que perdemos uma parte de nós, para a terra regenerar.

A primavera, portanto, pode ser uma ótima temporada para gestar, cultivar, cuidar dos nossos projetos de vida, que podem ser fazer uma grande viagem, começar um negócio novo, planejar outros estudos ou até ter um filho. O importante é perceber que, mesmo em meio a tantas transformações, estamos em crescimento.

O amor da Imperatriz é assim. Inspira a gente a ser mais generoso com a gente e com os outros. E seria diferente para quem vive num abundante e magnífico jardim?

 Este conselho faz parte do conteúdo da edição número #002 da News Cósmica. Para a assinar, clique aqui.

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