A Louca e O Carro (VII)

maj07

“Eu me sinto às vezes meio pá, inseguro. Que nem um vira-lata, sem fé no futuro. Vem alguém lá, quem é quem, quem será meu bom, dá meu brinquedo de furar moletom! Porque os bico que me vê, com os truta na balada, tenta ver, quer saber, de mim não vê nada. Porque a confiança é uma mulher ingrata, que te beija e te abraça, te rouba e te mata. Desacreditar, nem pensar, só naquela. Se uma mosca ameaçar, me catar, piso nela” (Racionais MC’s – Vida Loka p.1)

“Pelas forças de todos os reinos, quem é você?” pergunta a Louca incrédula com as mãos na cintura parada no pé da varanda do sítio do Louco. O jovem se volta para ela com a coluna ereta e afirma audacioso “Eu sou o Príncipe”.

Ela dá uma risada abafada, “O Príncipe? O Príncipe? Pelo que eu soube o Reino dos Vivos não tem “Príncipe”. Eu estive no Jardim da Imperatriz E no Castelo do Imperador. Ninguém mencionou um Príncipe!”. É a vez do jovem dar uma risada desdenhosa, “Sinto lhe informar, mas você está desinformada. Tenho muitos negócios para resolver e por isso nunca estou na casa dos meus pais. Minha vida é na estrada”, ele fala imponente, como se houvesse uma multidão à sua frente, e complementa determinado, “Agora, vamos. As Montanhas nos aguardam”. “Como assim as Montanhas nos aguardam?”, questiona a Louca ainda com as mãos na cintura, “Você está indo para as Grandes Montanhas de Todos os Reinos e eu vim até esse fim de mundo te buscar”, argumenta o jovem sem paciência. “E porque eu devo acreditar em você?”, retruca ela.

Os dois cavalos que conduzem a carruagem, um preto e outro branco, dão pequenas relinchadas, porque o Cavaleiro de Ouros se aproxima da entrada do sítio montado no seu cavalo cor chocolate. “Olá, Príncipe. Bom dia. Como vão os negócios?”, ele pergunta cada vez mais próximo, “Estão incríveis!”, responde o jovem com um sorriso sugestivo. “Olá, Louca. Bom dia para você também. Como vai a senhorita e o amável Louco?”, pergunta agora ele para ela, que está com a boca aberta. “Estou… estou bem, sim, estou bem, Cavaleiro”, ela murmura constrangida.

“Estive aqui a alguns dias informando sobre as condições do tempo. Pois bem. Finalmente a previsão é termos uma semana sem tempestades. No entanto, as estradas do leste e do sul estão interditadas temporariamente em função das enchentes. Sinto lhe informar Louca, pois sei da sua necessidade de partir para as Grandes Montanhas de Todos os Reinos, que ficam tão ao sul das nossas terras…”, ele fala com certo pesar, mas o Príncipe o interrompe com de peito inflado, “A minha carruagem atravessa qualquer estrada. Por isso, estou aqui. Para levá-la”. O Cavaleiro balança sua bolsa de moedas, “Magnífico! Se vocês me permitem, tenho todos os sítios do Caminho dos Camponeses para visitar. Boa viagem!”, ele fala disparando portão afora.

A Louca observa o jovem contrariada. Então ele realmente é um Príncipe. Como duvidar do Cavaleiro de Ouros? Ela pode perceber os sinais agora. Ele usa uma armadura dourada mesclada com detalhes verde-água, entalhada por duas luas nascentes de ouro nos ombros que combinam com a coroa de estrelas na sua cabeça. Seus cabelos são tão loiros e ondulados… como os da Imperatriz! E o Cetro que segura na mão esquerda é parecido com… o Cetro do Imperador! Parte do seu corpo está escondido pela estrutura da carruagem, totalmente decorada com estrelas prateadas num fino tecido azul celeste e iluminada pelo próprio ouro que é banhada. Na frente dela, perfeitamente talhado, um alicerce de bronze em relevo exibe um pomo de ouro, acompanhado de duas asas branco e prata, uma em cada lado, como se estivesse pronto para lançar voo. “Satisfeita?”, pergunta o Príncipe sorrindo com os olhos azul cristal brilhando certa malícia. “Er… sim. Desculpe, Príncipe. Tive o prazer de conhecer seu pai e sua mãe… não quis lhe ofender. É que muitas estranhezas tem acontecido desde que eu cai do abismo… e, sabe, algumas coisas nem sempre parecem ser o que são”, ela fala cruzando os braços envergonhada. “Devemos partir. Já perdi muito tempo”, ele diz sem mais delongas, voltando seu corpo robusto e musculoso para o horizonte da estrada.

A Louca pega a trouxa de viagem, algumas maçãs, uma garrafa de vinho, uma muda de roupas limpas… observa a casa com um aperto no peito. É hora de dizer adeus. Ela leva como lembrança uma pequena lapela amarela e vermelha do amado Louco, que agora está dentro dela, e a abotoa em seu vestido floreado, enquanto sobe na carruagem. No primeiro movimento que o transporte faz, admira-se. Não há rédeas que os ligam aos cavalos! “Como você faz para guiar?”, ela pergunta apontando para o vão existente entre o vagão e os animais, “Eu uso o Cetro de Poder que ganhei do Hierophante quando decidi sair de casa. Aliás, foi ele que me escreveu pedindo que eu a buscasse”. “O Hierophante?”, pergunta a Louca sem entender. “É, aquele enigma ambulante! Agora, antes de eu te deixar nas Montanhas, tenho uns negócios para resolver na Cidade de Todos os Reinos. Teremos que fazer um pequeno desvio para o Oeste. Você pode me dar uma maçã dessas?”

As primeiras horas são preenchidas por paisagens bucólicas e campestres que contrastam com a velocidade e imponência que o Príncipe guia a carruagem. O ritmo ajuda a Louca a manter seus pensamentos distantes da saudades que sente do Louco. Depois do primeiro desvio, quando o sol já passa do meio dia, uma região árida emerge e as Grandes Montanhas de Todos os Reinos ficam cada vez mais distantes. Eles param numa taberna para comer, mas o Príncipe parece estar mais interessado em conversar com os donos do local em tom de negócios do que no seu prato de carne assada.

Quando retomam a viagem, atravessando a tarde ensolarada, a Louca questiona sobre os seus trabalhos, “O segredo está em fazer as coisas acontecerem, entende? Eu vendo produtos em todos os cantos do reino com minha frota de carruagens. Saí de casa porque precisava assumir algum controle da minha vida. Ser Príncipe é chato demais. Eu prefiro movimento, andar para cima e para baixo, fazer conexões, conhecer novos lugares. Agora, por exemplo, estou correndo contra o tempo, pois tenho que resolver ainda hoje uma situação que aconteceu na sede da minha distribuidora”. A tarde cai pelas terras desérticas do reino, mesclando amarelo e laranja no infinito além e ela ouve ele falar e falar, sobre os projetos, as ideias, as conquistas, sem parar. Fica admirada, mas também um pouco vazia. Afinal, ela ainda não encontrou qual o seu propósito no mundo, como o Príncipe parece ter encontrado. É abatida por emoções confusas: a existência, o propósito, a saudade… onde foi parar toda a clareza que a iluminou no santuário do Hierophante ou no grande reconhecimento que o Anjo do Eden lhe comunicou?

A lua está crescente no céu quando os grandes portões de pedra da Cidade de Todos os Reinos se abrem para eles passarem como a boca de um Puma adormecido. Os olhos da Louca brilham ao se depararem com as construções imensas, as estradas, as pessoas, as luzes, as cores, os cheiros e sons. Ela nunca esteve ali. Por um momento, esquece todas as emoções que engoliu na viagem. “É lindo, não é?”, fala o Príncipe com determinação, “Eu vim para cá logo que saí de casa. A sede dos meus negócios fica no coração da cidade. Afinal, eu ainda sou o Príncipe”, ele complementa dando uma piscadela para a Louca, apertando suas mãos grossas no Cetro para que andem com mais velocidade em direção ao destino final.

Eles chegam numa construção arredondada de cor amarela recortada por uma torre tão alta que se perde de vista. A placa na porta azul celeste indica o letreiro “A Torre do Príncipe” e ele entra as pressas ali dentro, mandando, desmandando, resolvendo seus problemas, enquanto a Louca o segue, como pode, porque ele é rápido demais e ela não sabe o que fazer naquele lugar. “Como você pode ter deixado isso acontecer?”, questiona o Príncipe para sua equipe de uma pessoa só, “O estoque tem que estar sempre registrado, do contrário teremos sempre estes desencontros. Será que eu não posso me ausentar por mais de dois dias?”. A Louca ouve os problemas que eles estão enfrentando e logo lembra dos ensinamentos que teve no Escritório do Imperador e no Galpão do Louco. “Vocês estão fazendo isso errado”, diz ela animada, explicando que eles deveriam primeiro escrever em tabelas especiais o cadastro dos produtos, para depois os separar em blocos de distribuição.

“Oh, Louca. Não sabia que você tinha talento para logística. O que você acha de nos ajudar a resolver isso hoje a noite? Precisamos dar baixa nos registros para as entregas que começam as 6 horas da manhã. Posso te pagar um bom preço pelos serviços e lhe acomodar no hotel mais luxuoso da cidade”. A Louca aceita sem pensar duas vezes. Ela está contagiada pelo ambiente, pela energia determinada do Príncipe, pelos barulhos que vem das ruas do coração da cidade. O outro funcionário, que tem formato de barril e um nariz pontudo, sai correndo e volta com um bule de café preto extremamente denso, que faz o coração e a mente da Louca irem nas alturas.

Eles parecem três corujas elétricas atravessando a madrugada, registrando, organizando, separando os produtos da forma mais ajustada possível. O Príncipe elogia a Louca, que faz um ótimo trabalho. As 5h30 da manhã as carruagens começam a chegar para os carregamentos e, as 6 horas, aos trancos e barrancos, eles conseguem finalizar o árduo serviço. Depois de um prato reforçado de ovos e bacon no charmoso Café dos Reinos, localizado perto da Torre do Príncipe, a Louca segue para seu descanso, no Hotel do Dragão, onde é tratada com floreios e aconchego. Deitada na cama box de bronze com lençóis de fio egípcio, observando o desenho de um leão majestoso envolto por uma guirlanda de rosas pintado a mão no teto, ela dorme embalada por uma euforia sem fim.

Acorda com os feixes do sol da tarde invadindo a sacada do quarto. Está com fome. O Príncipe disse que eles ainda combinariam a hora de partida para as Grandes Montanhas de Todos os Reinos. Ela aproveita o tempo livre para desbravar a cidade. Encanta-se. Cada esquina revela para ela uma novidade, seja pelos novos modelos de carruagens que desfilam nas ruas, pelas lojas de doces de várias partes do Reino, pelos teatros a céu aberto que acontecem a cada duas quadras. O Príncipe é sortudo por fazer sua vida ali… e, ainda, viajar o mundo inteiro com sua carruagem reluzente…

Quando o sol está caindo entre as construções de pedra, ela encontra o Príncipe no escritório que fica no ponto mais alto da sua Torre. Ele está fazendo flexões enquanto outro funcionário, este com olheiras que lhe saltam os ossos do rosto, recita em voz alta os passos da sua agenda ocupada. “Olá, Louca”, o Príncipe a recebe, secando o suor do rosto com uma toalha bordada, “Estava te esperando. Sente-se. Antes de discutirmos sobre a viagem, quero conversar sobre negócios”. A Louca fica intrigada e se senta na confortável cadeira, de onde pode ver, através da janela retangular, a paisagem da cidade contraposta pelas cores alaranjadas e púrpura, enquanto ele também se acomoda numa poltrona de couro branco. “Você demonstrou ser uma ótima profissional ontem. Quero te contratar. Pago o dobro do que você vai receber nesse tal lugar que você vai, nas Grandes Montanhas de Todos os Reinos. Você pode morar no Hotel do Dragão pelo tempo que quiser. Eu sou sócio do Hotel. Em contrapartida, você será a supervisora da Torre do Príncipe enquanto eu estiver viajando, o que acontece, digamos, na maioria do tempo. O que você me diz?”.

A Louca se surpreende com a proposta, arregalando os olhos, “Er… eu não iria ganhar nada nas Montanhas… estou indo para lá porque… eu queria encontrar… meu lugar, meu lugar no mundo”, ela diz refletindo sobre suas palavras, enquanto mira para o horizonte recortado pela janela e se dá conta que talvez já tenha encontrado isso. A noite passada tinha sido uma das melhores da sua vida, ela pode ajudar a empresa do Príncipe, ser útil, trabalhar em algo que sabe, envolver-se na energia da cidade, alegrar seu coração. Ela olha nos olhos dele e responde determinada: “Eu aceito sua oferta. Trabalho por 1000 estrelas por mês”. “Negócio fechado!”, diz o Príncipe dando um soquinho na sua mesa de cedro polido. “Devo partir hoje a noite para uma viagem longa. Vou passar todas as orientações para você agora mesmo. Qualquer coisa, escreva-me. O Cavaleiro de Espadas está sempre a disposição para me entregar cartas”.

Naquela noite, novamente as pressas, a Louca aprendeu tudo o que precisava saber sobre o funcionamento da Torre do Príncipe, os horários de trabalho, as adaptações de sua nova vida. Ela foi dormir no Hotel com o sorriso nas orelhas. Estava cada vez mais claro: foi por isso que o Hierophante solicitou ao Príncipe à buscar no sítio do Louco! O Hierophante é muito sábio, ele realmente sabia que ela encontraria seu lugar no mundo ali. Agora, tem um salário, uma casa, responsabilidades, disciplina e, o melhor, independência para poder fazer o que quiser na maior cidade de todos os Reinos. Ela é finalmente uma adulta que está no umbigo do mundo e se sente intensamente parte dele.

Um mês se passa e o Príncipe ainda está viajando. A Louca acorda com o despertador no volume máximo, porque trabalhou até depois da meia noite, como na maioria dos últimos 25  dias. Ela levanta com velocidade, veste seu vestido um pouco amassado, olha-se no espelho. Seus cabelos estão sem corte, sua boca rachada, sua olheiras profundas. Amarra os cabelos, passa maquiagem como pode para esconder os detalhes de muito café com pouco sono, pega sua inseparável prancheta com a ordem do dia e desce corredor abaixo. Para seu alívio, hoje o Príncipe retorna de viagem e ela imagina que as coisas vão ficar mais simples.

Quando chega, a carruagem dele já está parada em frente a Torre. “Olá, Louca! Vejo que você cuidou bem dos meus negócios. Com licença, preciso verificar muitas coisas e me preparar para a próxima viagem”, o Príncipe fala sem paciência alguma, descendo do transporte e se encaminhando para a porta. A Louca nem consegue falar muita coisa, porque ele se movimenta rápido demais. “Viagem? Você já vai viajar novamente?”, “Sim! É claro! Os negócios tem que expandir, as fronteiras estão lado a lado, o mundo é pequeno para minhas ideias geniais. Você sabe”, ele diz entrando dentro da Torre e sumindo na penumbra. O sol ainda nem raiou, a cidade está silenciosa, os jornaleiros circulam nas suas bicicletas, as velhinhas corcundas saem para a feira, os cachorros cheiram os lixos revirados das ruelas e a Louca sente um cansaço inexplicável, dentro dos seus ossos e do seu coração, parada como uma estátua desorientada no meio da calçada.

Ela não tem tido tempo para ver os teatros que gostaria, comer os doces mais fantásticos do mundo ou aproveitar os lençóis egípcios da sua maravilhosa e luxuosa casa no Hotel do Dragão. Ser supervisora da Torre do Príncipe não permitia que parasse um segundo, pois estava sempre determinada, resolvendo problemas, para cima e para baixo da construção. Uma lágrima gorda cai dos seus olhos sem ela conseguir controlar, e, de repente, todo o vazio que sentiu quando chegou na Cidade de Todos os Reinos volta mais intenso, mais pesado, mais doído. Ela se aproxima dos cavalos fabulosos da carruagem, que retribuem carinhosamente o olhar em reverência e compaixão. Será que esse é realmente o seu lugar no mundo? Porque abandonou a viagem às Grandes Montanhas de Todos os Reinos, como sua intuição sussurrou? O que está acontecendo com sua desastrosa vida?

De repente, os dois cavalos se curvam cada vez mais. O pomo de ouro, talhado na frente da carruagem, começa a brilhar e, ganhando vida, bate as asas em direção ao nariz da Louca, que arregala os olhos um pouco apavorada. O objeto paira no ar, abrindo-se numa luz amarelo ocre, envolvendo os animais, que se transformam em duas esfinges monumentais. A Louca se afasta alguns passos, enquanto o pomo de ouro se fecha e retorna acoplado novamente na estrutura da carruagem, que agora irradia as estrelas prateadas para todas as direções. “Olá Louca”, dizem em sincronia enigmática as duas esfinges, uma preta e outra branca, “Bate forte e escorre sangue. Este caminho tem coração?”, elas questionam com vozes suaves e sedutoras. A Louca está confusa, mas as esfinges repetem a mesma pergunta, “Este caminho tem coração?”. “Vocês estão falando comigo?”, ela reage receosa. As esfinges entoam pela terceira vez, “Este caminho tem coração?”. A Louca respira profundamente, observa o cachorro entretido sob um saco de batatas podres estirado na esquina e enfim responde, “Não… o meu caminho está sem coração”.

“Então você chegou onde deveria chegar. Nós somos as Guardiãs do Segredo do Princípio da Vitalidade”, elas continuam em sincronia, “Muito fogo queima. Muita coragem mata. Muita vontade fracassa. Para você seguir, daremos-lhe um animal de proteção e assim você buscará o caminho que tem coração. Mas, antes, você deve responder com razão: onde está a Montanha do Centro do Mundo?”. A Louca segura tensa sua prancheta de trabalho. O que elas querem dizer com a “Montanha do Centro do Mundo”? Seriam as montanhas que circundam a Cidade de Todos os Reinos? Ou as Grandes Montanhas de Todos os Reinos? Ou seriam as Montanhas do Abismo, onde ela começou sua jornada? Onde mais é o umbigo do universo? Quando ela abre a boca para falar, lembra-se do Hierophante mergulhando na poça de água infinita no centro do seu Santuário. O centro do mundo… era ali também. Então lembra da Sacerdotisa, vivendo nos pilares da dualidade, o centro do mundo… era ali também. O universo, o vazio, o cosmos, as estrelas…tudo estava em conexão… “A Montanha do Centro do Mundo está em toda parte”, a Louca responde largando a prancheta no chão.

As esfinges sorriem sombriamente e abrem a boca, de onde emana um feixe de luz arco-íris. Logo, a luz dá forma a um leão do tamanho de um cavalo. “Quem lhe conduzirá é o Grande Leão Dourado. Mas lembre-se, procure a vitalidade na Força da razão”, elas enfim dizem, enquanto o pomo de ouro volta a bater suas asas, ampliar sua luz ocre e desaparecer as esfinges nos corpos dos cavalos.

A Louca fica olhando para a fera imponente ao seu lado enquanto as primeiras carruagens começam a circular nas ruas, e pensa apavorada: o que raios que se faz com um leão?

Palavras-chave:

Determinação; Movimento; Motivação; Ação; Coragem; Impulso; Juventude; Ambição; Controle; Velocidade; Arriscar; Investir; Energia; Vitalidade; Caminhos; Viagens; Estrada; Corrida; Tempo; Cidade; Negócios; Audácia; Esportes; Vitória; Objetivos; Chegar lá; Esforço; Ego; Autoridade

Frase de Poder:

Minha determinação me leva ao movimento que preciso agora na minha vida.

PRÓXIMA CARTA: A FORÇA

2 responses to “A Louca e O Carro (VII)”

  1. […] PRÓXIMA CARTA: O CARRO […]

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  2. Adoro ler antes de dormir… zzzzzzzzzzz, essa louca tá muito eu.

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