Eu preciso desse tempo de cura. Um tempo de silêncio e café. De meditação e chá. Há feridas profundas no chão frio da minha sala que não consigo olhar de frente. Recolho meus pensamentos e deixo eles descansando dentro da fera que me habita. Esse tempo é tão importante para repensar prioridades, valores, discussões, memórias e principalmente tudo o que me relaciono. Hoje o vento assobia nas janelas de todas as casas e nos corredores tubulares dos concretos das cidades, ajudando a fazer os pensamentos circularem em estado naturalmente meditativo. Deito-me na cama com as mãos em um mudra de paz, ousando manter uma máscara de profundidade para resolver os conflitos que o 5 de paus tanto ama. O silêncio não é só uma metáfora. Ele é a necessidade do dia.
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